Cartas ao remetente

Um balanço, talvez uma nostalgia total, colocando estes um ano na balança sem duvida foi o pior da minha vida.  Um ano que eu tive que provar minha fé,  e ainda to tendo que provar,  sentimentos que sou desconhecia, quando medo? Quanta insegurança? Sentimentos que nem sabia que existia. Estive em lugares que nunca deveria ter estado,  coisa que não poderia ter feito, pessoas que nunca imaginei sem. Apliquei a lei do tanto faz, joguei tudo pro alto, mas percebi que o errado sou eu, que busco acertar errando... Mas a vida me trouxe uma nova bagagem e com ela novas pessoas, novas historias. Aqui neste metrô onde estou agora, consigo enxergar com um pouco mais de calma, analiso criticamente quanta coisa perdi por pessoas que merece no minimo meu menosprezo. Parei de enxergar os erros em mim, fica a dica que olhar pra trás é lamentável, isso e pedir sofrimentos e coisa que evito e essa palavra, parei de me culpar por tudo, caso contrario, estarei naquelas situações em que estava, esperando a morte chegar, talvez um suicídio acidental como dirigir sem cinto esperando um acidente catastrófico, algo além da física. Isso tudo de arrependimento mortal e imoral pelo que aconteceu e o tão qual longe eu cheguei na direção contraria. Enquanto "esperava" isso acontecer, esse acidente catastrófico acontecia dentro de mim em meio a dor física, sem ar e aguardando a lagrima cair na mesma frequência que a chuva cai no vidro de um carro qualquer numa noite chuvosa/escuta e escorre acompanhando a sintonia do meu coração. E assim esqueço de tudo la fora, mas me revigoro.. Agora estou mais forte apesar dos meus altos e baixos e sombras que sobrepõem sombras.. Não quero viver em função de um outro alguém me fazer feliz ou aguardando um tal dia pra me (tornar) fazer feliz. Seguir em frente e acreditar que o fim pode ser feliz, mesmo no fim.